A crença em Deus reduz a ansiedade e ajuda e criança a enfrentar seus problemas
 
Deve- se ensinar religião às crianças?
Sim, por que a religião amplia o sentido da vida. E ao incorporar a idéia de espírito ao corpo e à mente abrem - se  para o indivíduo novas possibilidades de experiencias emocionais e afetivas que influirão na formação da sua personalidade.
 
Como a religião auxilia na formação da personalidade?
Ao se aproximar de uma religião, a criança eprende que deve respeitar e amar o próximo, que é preciso ser verdadeira, justa e honesta. Aprende, ainda, que ser é mais importante do que ter, o que relativiza os  efeitos do materialismo da nossa cultura.
 
Quais são os beneficios psicológicos?
A pessoa religiosa consegue ser menos ansiosa do que alguém ateu. Quem crê em Deus constrói uma retarguada emocional que ajuda a enfrentar as dificuldades da vida. E desenvolve uma postura mais positiva em relação as coisas.
No caso da criança sentir - se amada e aceita por Ele, eleva sua auto -estima e dá segurança.
 
Mas muitas vezes Deus é uma fonte de medo para as crianças.
O medo de Deus deve - se a uma visão deformada da religião. O ensinamento que o cristianismo prega é o amor, a alegria, a paz, a esperança, a tolerância. Mas muitos deformam esses conceitos ao passar para a criança a imagem de um Deus severo e tirano.
 
A criança é capaz de compreender conceitos religiosos?
Não se pode esperar que ela entenda conceitos complexos ou dogmas da maioria das religiões. Mas quanto antes for introduzida no mundo da religião, mais cedo terá condições de compreendê-los, quando a religião tiver esses dogmas. O  melhor é começar pelas pequenas coisas, como, agradecer pela comida ou rezar antes de dormir.
 
(Fonte: Raquel Miranda - prof. de pós-graduação da fac. de educação da  USP)

 

 

 

LIDANDO COM 5 MANIAS DESAGRADÁVEIS DAS CRIANÇAS

  1. Roer as unhas
  2. Chupar o dedo
  3. Enrolar ou morder o cabelo
  4. Cutucar o nariz
  5. Segurar a respiração

Estes são as 5 manias mais comuns que as crianças adquiriam e que os pais se queixam. Apesar dessas manias incomodarem ou preocuparem os pais, relaxe, pois, na maioria das vezes elas ocorrem durante uma fase do desenvolvimento normal da criança e não são motivos para pânico.

Caso a mania de seu filho faça com que você também comece a adquirir a sua própria mania, ou se você acha que seu filho é velho demais para por exemplo chupar o dedo, ou, ainda, esteja incomodando os outros, experimente uma das técnicas a seguir para desestimular essas manias:

  • Com calma e paciência explique ao seu filho o que você não gosta naquele comportamento e o por quê. Esta técnica já pode ser usada com crianças a partir de 3 anos. Diga algo do gênero: "eu não gosto quando você roa as unhas. Não é bonito. Gostaria que você tentasse parar com isto". Muito importante, na próxima vez que você notar que sua filha está roendo as unhas, não faça um drama ou de um sermão nela. Punição, ridicularizar ou criticar pode levar a um incremento no hábito indesejado.
  • Envolva o seu filho no processo de parar com a mania. Pergunte ao seu filho o que ele poderia fazer para parar com a mania ou se ele querer parar com ela.
  • Deixe claro e de forma construtiva o comportamento que você deseja. Em vez de dizer "não roa suas unhas", diga "vamos tentar deixar suas unhas crescerem". Algumas vezes o uso de alguma coisa de paladar desagradável ajuda a não roer a unha ou chupar o dedo, mas o seu uso continuo diminui sua eficácia.
  • Elogie e dê um prêmio (pode ser um beijo, afago, uma estrelinha de papel, etc.) quando seu filho se comportar da maneira desejada. Cada vez que seu filho evitar de roer a unha, enfatize o comportamento positivo, contando para ele, por exemplo, uma estorinha na hora de ir para a cama.
  • Para crianças que seguram a respiração, o melhor é ignorar. Dar atenção ao fato só vai fazer com que seu filho ache que está conseguindo mais atenção sua. Saia do ambiente se for o caso, ele não será prejudicado e vai perceber que não vai receber mais atenção por causa disso.

As manias levam um tempo para serem adquiridas e, portanto, vai levar tempo (talvez 3 ou mais semanas) para serem substituídas por um comportamento alternativo. Seja paciente. Lembre-se em ser coerente ao premiar o bom comportamento. Não se desespere se você perceber que está demorando para seu filho deixar o mau hábito – o tempo irá se encarregar de fazer com que desapareça. O novo e bom comportamento tem que estar firmemente entranhado antes do velho desaparecer.

 

(extraído do site www.wmulher.com.br)

 

 

 

 

Sufocação em crianças, lições que não podem ser esquecidas
 
A Folha de São Paulo divulgou há cerca de três semanas a morte por sufocação de um menino pequeno, engasgado com uma peça plástica, que fazia parte de uma embalagem de chocolate. Há não mais de um ano, uma parte de um boneco de um brinquedo vendido em módulos, causou a morte de outro menino com idade inferior a 5 anos. Em ambos os casos as semelhanças são morbidamente didáticas; crianças menores de 5 anos, que ao colocar na boca objetos pequenos, tiveram suas vias respiratórias obstruídas até o óbito por asfixia. Tanto em um caso quanto em outro, nas embalagens dos produtos constava a informação de que não eram recomendáveis para crianças pequenas.
A grande maioria destes casos ocorre abaixo dos 5 anos, sendo de maior risco o grupo com menos de 1 ano, pelo comportamento típico da idade de colocar todos os objetos acessíveis na boca. Alimentos sólidos como pipoca, amendoim (principalmente), balas, uvas, chicletes, sementes, pedaços de cenoura crua, moedas e botões são os grandes causadores de sufocação por aspiração em crianças. A Academia Americana de Pediatria aponta como alimentos potencialmente perigosos para crianças todos os de consistência firme, indicando picar bem mas não liquidificar, (ressalva minha) toda e qualquer comida administrada a crianças de 4 anos ou menos. Fazem parte da lista dos objetos perigosos os balões de festa, tampas de caneta, pilhas pequenas (do tipo botão, utilizada em relógios) e chupetas de tamanho menor que o indicado para a idade do paciente ou com a borracha parcialmente rasgada.
A sufocação por corpo estranho pode ocorrer de forma evidente, quando um adulto presencia a criança sufocar com o objeto na boca; no entanto toda criança que apresentar subitamente falta de ar ou ficar roxa, com tosse e chiado no peito deve ser tratada como sufocada.
 
Quando iniciar primeiros socorros:
1. Se a criança não estiver conseguindo respirar (o tórax não se movimenta).
2. A tosse for muito fraca e estiver ficando pálida ou roxa.
3. A criança não conseguir falar, tossir ou emitir sons.
4. A criança estiver inconsciente (deve ser iniciada a ressuscitação cárdio-pulmonar).
 
Quando não iniciar os primeiros socorros:
1. A criança puder respirar, chorar, falar ou emitir sons normalmente.
2. A criança estiver tossindo forte (indicando boa passagem de ar).
Não se recomenda tentar colocar os dedos na garganta para remoção de objetos que não sejam visíveis na abertura da boca, pois o risco de introduzi-los mais para dentro é bem maior que a chance de removê-los.
Medidas que podemos tomar para prevenir sufocação:
1. Não dê comidas inadequadas para crianças abaixo de 5 anos (ver na página anterior). Amendoim deve ser proibido até os 7 anos de idade.
2. A criança deve ser alimentada na mesa, nunca caminhando, correndo ou brincando com a comida na boca.
3. Corte bem os alimentos para crianças de até 5 anos. Ensine a mastigar bem antes de engolir.
4. Supervisione os horários de refeição das crianças. A maior parte dos casos de sufocação ocorre quando irmãos maiores oferecem comidas inadequadas ou brinquedos perigosos para os irmãos menores.
 
(Fonte: João Luiz de Mello é médico pediatra em Porto Alegre <jlmello@baguete.com.br> em 28/05/99)

 

 

 

ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL

Na impossibilidade do uso do leite materno utiliza-se inicialmente leite de vaca modificado industrialmente (leite em pó) ou leite de vaca in natura. Consultar o pediatra para saber qual a melhor alternativa.
A oferta de novos alimentos é individual com esquemas flexíveis, em um ambiente tranquilo e agradável, respeitando-se as variações de apetite, as preferências da criança, sem forçar  agradar.
A época da introdução dos alimentos é avaliada conforme o ganho de peso e aumento de estatura da criança, ou quando a mãe perceber que após as mamadas, o bebê continua com fome.
Novos alimentos devem ser iniciados em pequenas quantidades, com aumento gradativo, conforme a aceitação da criança. A não aceitação ou a presença de intolerância ao alimento como vômitos, diarréias, manchas no corpo, etc., precisam ser observadas.
Os primeiros alimentos a serem introduzidos são os sucos e papas de frutas, entre o quarto e o sexto mês de vida, oferecidos nos intervalos das mamadas.
Utilizar frutas da época, sempre preparadas na hora. No início em pequenas quantidades, aumentando gradativamente. A sua utilização deve ser diária, sem adição de açúcares, selecionando as frutas menos ácidas, em volumes que não interfiram nas mamadas.
Na oferta do novo alimento, lembre-se de que é a primeira vez  o bebê está entrando em contato com o gosto, a textura e a cor deste alimento. Ponha o bebê no colo. Coloque um pouco da papinha na ponta da colher e coloque a colher entre os lábios do bebê para que ele a chupe. Fale com ele, assim ele descobrirá prazer nesta nova etapa da alimentação.
Caso recuse a colher, introduza o seu dedo mínimo junto com o alimento para que ele possa sugar e assim se adaptar ao novo sabor. Assim como no início da amamentação, esta é uma nova etapa que ele precisa aprender.
Deixe sempre resíduos de alimentos próximos à boca do bebê.
Nunca limpe-a toda hora. Isto também serve para estimulá-lo.
Quando limpar a boca, evite fazer movimentos circulares, limpe-a de baixo para cima.
As primeiras papinhas têm consistência semi-pastosa, são mais simples, devem conter extrato de carne e um purê de cenoura ou batata. À medida que a criança aceita, acrescenta-se novos ingredientes.
Após a refeição de sal, ofereça um pouco de suco de frutas ou papa de frutas frescas (1 colher de sobremesa). Varie os sabores e verifique quais as preferências da criança.
Quando ocorrer recusa do alimento, verifique a quantidade de sal. Se após diminuir o sal ainda houver recusa, retire o sal e adicione leite ou açúcar para fazer a transição da dieta láctea para o sal. Se a recusa permanecer, faça uma pausa de 1 ou 2 semanas e volte a oferecer.
A alimentação mista é uma alternativa na alimentação do bebê quando a mãe precisa se ausentar no horário de uma mamada ou quando o ganho de peso é insatisfatório.
Inicia-se mais precocemente a oferta de sucos de frutas, papas de frutas e legumes quando a mãe não consegue extrair seu próprio leite e deixar para seu bebê. 
Sugestões de Cardápio
Sopinha
100 g de carne cortada em pequenos pedaços
1 cenoura (ou abóbora, abobrinha, beterraba, chuchu, batata-doce, batata inglesa, mandioca, cará, inhame, cenoura amarela).
1 folha de couve (ou agrião, almeirão, brócolis, couve-flor, espinafre, mostarda, escarola, acelga, folha de rabanete, folha de beterraba, caruru, repolho).
1 colher de arroz (ou fubá, sagu, aveia, farinha de milho, semolina). temperos ­ pouco sal, salsa, cebolinha
1 colher de chá de óleo vegetal (arroz, milho, soja, girassol).
Preparo: Refogue a carne com os temperos, adicione água fervendo e acrescente os outros ingredientes. Após o cozimento retire a carne, espremendo o seu caldo e peneire a sopa.
Ofereça com colher.
Sucos
laranja serra-dágua, laranja pêra, tangerina, lima, caju, goiaba, manga. Oferecer até 100 ml ao dia, preparados na hora. 
Papas
banana prata, maçã, pera, mamão, caqui. Raladas, raspadas ou peneiradas, sem adição de cereais ou açúcares. 

 

 

 

 

Livro responde a dúvidas frequentes

 
Hoje até o horário da amamentação, em outros tempos seguido à risca, está menos rígido. Antes, a tradicional escola alemã de pediatria recomendava que se desse de mamar ao bebê de três em três horas. A linha mais moderna, aconselha que só se alimente a criança quando ela manifestar fome. Esse é apenas um dos exemplos das mudanças que José Martins Filho detectou e reuniu em seu livro "Lidando com crianças, conversando com os pais". 
Abaixo algumas perguntas e respostas resumidas sobre as dúvidas mais frequentes de "mães aflitas": 

1.É possível reconhecer a razão do choro de um bebê? É verdade que algumas mães sabem se o bebê está chorando de fome, sede ou dor? 

Não é possível responder de forma definitiva , porque depende da mãe, do bebê e da relação mãe-filho. Nos primeiros dias de vida o bebê tem o choro quase sempre igual, mesmo que seja de fome, frio, dor, mal-estar. Com o passar do tempo a mãe aprende a cuidar do bebê e, dependendo do tipo de resposta que ela dá quando o bebê chora, ele aprende a modular essa resposta.
 
2.Meu bebê chora quando mama no peito e minha sogra diz que são cólicas. Bebê que toma leite materno tem cólica? 

Pode ter. As cólicas das primeiras semanas de vida não têm causa muito clara e há várias teorias para explicar por que o bebê as tem: desde hipóteses associadas ao desenvolvimento da parte neurológica do tubo digestivo, com contrações (movimentos peristálticos) ainda imaturas, até aspectos psicológicos complexos. 

3. O que se deve fazer quando a criança não deixa de mamar? 

É fundamental para a criança que se tenha estabelecido horários e uma rotina de alimentação. É preciso mudar a maneira de lidar com a criança, ir desmamando uma mamada de cada vez, substituindo-a progressivamente pela mamadeira artificial ou por comida, até que a criança esteja mamando só uma vez, à noite, antes de deitar. Quando essa mamada já estiver sendo única, exclusivamente uma vez à noite, então a mãe deve tomar a decisão final, fazendo o desmame de acordo com a técnica já descrita. 

4.Que medidas devem ser tomadas para prevenir assaduras nos bebês? 

A dermatite amoniacal ou das fraldas, vulgarmente chamada de assadura, ocorre por uma combinação de fatores: umidade persistente, maceração da pele, superaquecimento e irritação pelo amoníaco da urina. 
A conduta é sempre a mesma: trocar as fraldas o mais frequentemente possível, de maneira a manter seca a região durante todo o tempo. Em alguns casos, convém lavar a região perineal com água fria. Evite usar sabões ou lenços perfumados, pois costumam causar irritação.
 
5.Como deve ser o banho de sol do bebê? Diário? A que horas? 

O banho de sol do bebê deve ter a duração média de três a cinco minutos, no máximo duas vezes ao dia, de preferência antes das 10 e depois das 16 horas, para evitar excessos. A exposição ao sol deve ser feita só de fraldas ou com a criança totalmente nua, protegendo os olhos contra o risco de ofuscamento ou lesão retiniana provocada pelo sol. Nunca exponha o bebê demoradamente. 
 
(Fonte: Copyright 1996 - "O Estado de São Paulo" - Todos os direitos reservados)